Correção – 9º EF CJ – Un. 2 – Industrialização em tempos de globalização

 Correção – 9º EF CJ – Un. 2 – Industrialização em tempos de globalização

Atividades

1. No final da Segunda Guerra Mundial, o Japão estava destruído e precisava reconstruir suas indústrias para voltar a crescer economicamente. Com pouco espaço para a implantação de novas indústrias, poucos recursos naturais e mão de obra disponível, o país implantou um sistema produtivo que conjugava pouco estoque e descentralização produtiva e incentivou o desenvolvimento de tecnologias que permitissem o uso intenso e progressivo das máquinas, automatizando-as. Os produtos eram produzidos de acordo com a demanda e não eram necessárias grandes áreas para o estoque. As peças chegavam para a produção diária e os produtos eram mais econômicos, evoluídos e com preços mais acessíveis, o que conquistou o mercado mundial.

2. Os países que se industrializaram primeiro, de industrialização clássica, passaram, após a Segunda Guerra Mundial, a exportar fábricas e indústrias de multinacionais pelo mundo aproveitando a abundância de recursos minerais e mão de obra. O comando econômico mundial se concentrou nos países sede dessas multinacionais.

3. A região indicada é o Vale do Silício, um dos mais importantes tecnopolos do mundo, concentrando universidades, centros de pesquisas e indústrias de alta tecnologia, o que representa expressivo volume de capitais em forma de ações e patentes negociados nas bolsas de valores.

4. Entre os investimentos em setores cruciais para reproduzir a dinâmica do Vale do Silício, pode-se citar: o P&D (maciços investimentos em pesquisa e desenvolvimento), que se desdobra em estruturação de universidades e centros de pesquisa – com a participação do capital privado – para a formação de mão de obra especializada e a geração de patentes; a infraestrutura informacional, que permite a fluidez dos fluxos de informações e capitais; o espaço para a produção.

5. Com a globalização da economia, grandes empresas passaram a investir na produção nos países onde as condições (mão de obra, recursos minerais e logística de transportes e comunicação) fossem vantajosas. Esse investimento causou a transferência de unidades industriais inteiras para outros países e a diminuição da importância das indústrias nos países mais desenvolvidos, o que é chamado de desindustrialização.

6. Automatização ou robotização da produção, aumentado qualidade e diminuindo a mão de obra necessária; produção sob demanda (just in time), eliminando estoques de matérias-primas e produtos; terceirização, decompondo o processo de fabricação em diferentes unidades fabris.

7. Entre os impactos da adoção do Toyotismo na vida dos trabalhadores pode-se citar: o desemprego estrutural como consequência da automação, o enfraquecimento dos sindicatos, a subcontratação e  a precarização o trabalho em razão do processo de terceirização.

8. A uberização é o tipo de trabalho por demanda comandado a partir de aplicativos como Uber e iFood, que direcionam serviços que são pagos pelos consumidores e repassados aos trabalhadores que atendem os pedidos. É um trabalho que não garante direitos trabalhistas e previdenciários e é marcado pela jornada de trabalho flexível; no entanto, para ganhar mais, o trabalhador precisa ter uma jornada de trabalho bem extensa. As condições de trabalho extenuantes e a falta de direitos faz com que a qualidade de vida atual e futura desses trabalhadores fique comprometida.

9. A industrialização europeia foi mais intensa no centro-norte do continente e atraiu a população que aia da zona rural. Com o aumento da importância das indústrias na economia de países como Inglaterra, França, Alemanha, Itália, Holanda e Bélgica, as cidades cresceram e atraíram mais habitantes ruais.

10. A urbanização histórica europeia se concretizou com elevadas dependências de recursos naturais, principalmente energéticos. O consumo de energia nos países europeus é elevado para suprir as necessidades da população altamente desenvolvida e consumista. Como o padrão de qualidade de vida europeu é proporcional ao consumo de recursos, para mantê-lo se tornou primordial adotar medidas para mitigar ou adaptar os danos ambientais causados pelo alto consumo de petróleo, carvão mineral e gás natural. Trocar a matriz energética e elétrica para fontes mais limpas e renováveis e implantar sistemas de transporte público mais eficiente foram algumas das medidas adotadas pelos países europeus para mudar a situação altamente poluente e dependente de fontes não renováveis de energia. 

11. A urbanização asiática nas últimas décadas se concentrou nas cidades grandes, onde há maior quantidade de vagas de trabalho. As indústrias estão concentradas tanto nessas cidades como na periferia delas. Assim, a população que sai do campo vai procurar melhores condições de vida e de trabalho nas maiores cidades do país.

12. Poluição do ar: com o crescimento rápido das cidades, houve um maior consumo de combustíveis fósseis, que emitem maior quantidade de gases de efeito estufa e, por consequência, poluem o ar. Poluição dos rios: a falta de tratamento de resíduos líquidos e o descarte inadequado de resíduos sólidos faz com que grande parte dos rios fique poluída e imprópria para atividades de lazer e de pesca. Falta de moradias: a intensa urbanização não foi acompanhada de construções de moradias para a população, provocando a formação de favelas e cortiços nas grandes cidades. Desemprego e informalidade: a grande quantidade de pessoas que chegam às cidades não é acompanhada pela geração de empregos, causando desemprego e a informalidade.

TAREFA

1. Charlie

2. Alfa

3. Nos países industrializados e desenvolvidos, o investimento em ciência e tecnologia é antigo e incentivado pelos governos. A pesquisa de novos produtos está associada à permanência desses países no domínio econômico, político e cultural do mundo. Assim, pesquisa em tecnologia é mais incentivada nesses países.

4. A inteligência artificial é um instrumento que auxilia o ser humano a melhorar a produção e a produtividade nas empresas e na vida cotidiana. A programação tecnológica presente na inteligência artificial é comandada e controlada por pessoas especialistas em tecnologia. Assim, para usar a inteligência artificial é necessária a presença humana.

5. Bravo

6. Delta

7. A informalidade abaixa o custo dos salários e aumenta os lucros. A informalidade não possibilita aos trabalhadores direitos trabalhistas e previdenciários, diminuindo o custo do trabalhador ao empregador. Com isso, as empresas dos países ricos buscam usufruir dessas condições e aumentar seus lucros mandando para os países mais pobres algumas tarefas menos tecnológicas.

8. A uberização é caracterizada pelo uso de aplicativos de entrega, compartilhamento de passageiros e outros serviços a parti da demanda colocada em aplicativos de celular. Os trabalhadores que atendem a esses serviços não têm vínculos empregatícios com os aplicativos e são responsáveis pelos custos do seu trabalho, como gasolina dos carros. Assim, há uma perda de garantias que existiam quando havia direitos e deveres presentes nas relações de patrões e empregados.

9. Charlie

10. Alfa

11. a) Entre os problemas urbanos que motivam as lutas sociais, destacam-se a insuficiência de moradia digna para a população carente, em situação de pobreza ou pobreza extrema, dando origem aos movimentos de sem-teto, a exemplo do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) no Brasil. Entre outros problemas urbanos, estão a deficiência no saneamento básico (água potável, rede de esgotos e coleta de lixo) nas periferias das cidades e a violência, que exige maiores investimentos em segurança pública.

b) As cidades são os locais que mais servem aos investimentos dos capitais, a exemplo da especulação imobiliária (espera de valorização de imóveis para venda). É preciso lembrar também que nas cidades, principalmente as maiores, tem-se a presença de centros financeiros com concentração de bancos e, nas principais cidades globais, como São Paulo, a ocorrência das bolsas de valores, que recebem grande aporte de capital financeiro nacional e internacional.

12. As cidades dos Emirados Árabes Unidos, como Dubai e Abu Dhabi, passaram por um crescimento vertiginoso marcado por construções modernas que transformaram espaços antigos e desabitados em cidades com edifícios muito altos e grandes obras de engenharia. A modernidade dessas cidades mostra o objetivo desses emirados de construir áreas de atração turística, econômica e cultural mudando a dinâmica dos transportes mundiais. Todo o processo de mudança estrutural dessas cidades leva em conta o consumo excessivo de petróleo e gás natural abundante, que polui bastante, e a produção de milhões de toneladas de resíduos sólidos, que polui o oceano e o ar do país. AS cidades dos Emirados Árabes Unidos são insustentáveis ambientalmente.